A crise econômica é notícia no jornal. Percebe-se pela quantidade de tempo que se dedica a ela nos meios de comunicação. Basta a divulgação de alguma informação qualquer para que os ânimos se estremeçam. Por quê? Respondo: dinheiro. Seja qual for a sua natureza (metal, real, virtual) é ele quem manda no mundo hoje.
É comum uma atuação repulsiva quando um ouvinte toma conhecimento de que alguém fez algo só por dinheiro (ex. casou só por dinheiro). Mas na verdade, o mundo todo toma suas decisões com base em dinheiro. Quando uma proposição é levada em consideração para a escolha entre caminhos a seguir, entre decisões a serem concretizadas, estaremos diante, grosso modo, de um princípio. Entretanto, se revela assustador imaginar que o dinheiro possa ser um princípio. Seria melhor ter a dignidade, a solidariedade, a honestidade, a probidade, a moralidade como princípios, mas não é o que ocorre nesses tempos de crise.
Se olharmos ao redor, veremos a quantidade de Bancos (PRIME, Personalite, Unibancoclass, Estilo) que se tornaram exclusivos para quem tem dinheiro. Veremos, também, a quantidade de festas na praia (espaço público) onde se reservam áreas (VIPs) para os mais afortunados. O que dizer então do surto de igrejas milionárias surgidas nas últimas décadas e de políticos que, após a investidura, enriqueceram. Aqui são só alguns exemplos, o próprio leitor pode constatar a sua volta, quantas decisões são tomadas com base no dinheiro, deixando outros princípios tão caros à humanidade de lado.
O grande filósofo espanhol Ortega Y Gasset afirma que o dinheiro só manda quando não há outro princípio que mande. Diz, ainda, o filósofo que onde houver cinco homens em estado normal se produzirá automaticamente uma estrutura hierárquica. O grande problema de nossa sociedade é que o “princípio” que está determinando nossa hierarquia é o dinheiro.
Mas o dinheiro é matéria, os verdadeiros princípios não. Quando a matéria não tiver mais valor, aqueles que possuírem princípios é que sobreviverão. A literatura, às vezes, traduz a realidade de forma impressionante, basta ler José Saramago (Ensaio Sobre a Cegueira) para perceber o que digo.
Julio Cesar Santiago A. de Oliveira
É comum uma atuação repulsiva quando um ouvinte toma conhecimento de que alguém fez algo só por dinheiro (ex. casou só por dinheiro). Mas na verdade, o mundo todo toma suas decisões com base em dinheiro. Quando uma proposição é levada em consideração para a escolha entre caminhos a seguir, entre decisões a serem concretizadas, estaremos diante, grosso modo, de um princípio. Entretanto, se revela assustador imaginar que o dinheiro possa ser um princípio. Seria melhor ter a dignidade, a solidariedade, a honestidade, a probidade, a moralidade como princípios, mas não é o que ocorre nesses tempos de crise.
Se olharmos ao redor, veremos a quantidade de Bancos (PRIME, Personalite, Unibancoclass, Estilo) que se tornaram exclusivos para quem tem dinheiro. Veremos, também, a quantidade de festas na praia (espaço público) onde se reservam áreas (VIPs) para os mais afortunados. O que dizer então do surto de igrejas milionárias surgidas nas últimas décadas e de políticos que, após a investidura, enriqueceram. Aqui são só alguns exemplos, o próprio leitor pode constatar a sua volta, quantas decisões são tomadas com base no dinheiro, deixando outros princípios tão caros à humanidade de lado.
O grande filósofo espanhol Ortega Y Gasset afirma que o dinheiro só manda quando não há outro princípio que mande. Diz, ainda, o filósofo que onde houver cinco homens em estado normal se produzirá automaticamente uma estrutura hierárquica. O grande problema de nossa sociedade é que o “princípio” que está determinando nossa hierarquia é o dinheiro.
Mas o dinheiro é matéria, os verdadeiros princípios não. Quando a matéria não tiver mais valor, aqueles que possuírem princípios é que sobreviverão. A literatura, às vezes, traduz a realidade de forma impressionante, basta ler José Saramago (Ensaio Sobre a Cegueira) para perceber o que digo.
Julio Cesar Santiago A. de Oliveira